"Se te conservares despretensioso e modesto nas vitórias, e forte e confomado nas derrotas;
Se, diante de cada doente, agires como se fosse um teu irmão amado;
Se, antes de pensares em recompensas materiais, cuidares com paixão do interesse de teu doente;
Se mantiveres tua boca fechada sobre o que te for revelado na intimidade do doente, que em ti confia;
Se respeitares teus colegas de profissão, aos quais dedicarás apreço e solidariedade, e dignificares teus mestres;
Se resistires às ciladas e tentações de toda espécie, que te serão armadas;
Se nunca deslembrares da atualização de teus conhecimentos médicos, dando mostras de teu amor à nossa profissão, pois por mais que souberes, falta sempre o que aprender;
Se junto de teu doente fores paciente, leal, verdadeiro, compreensivo, caridoso, forte, confiante, justo e humano;
Se nunca te esqueceres da sentença de Le Gendre: "A curiosidade das moléstias pode fazer o sábio, mas é o amor aos doentes que faz o médico";
Se te mantiveres rigorosamente fiel às prescrições do código moral de nossa profissão;
Se te lembrares do conselho de Polônio a Laerte, no Hamelt: "Mais que tudo a ti próprio sê sincero e seguir-se-á, tal como a noite ao dia, não poderes ser falso com ninguém";
Se tranquilo e compadecente te conservares nas ingratidões e calúnias que te esperam;
Se nos momentos de angústia e desalento pedires inspiração ao Mestre dos Mestres;
Então, meu filho, serás um médico".
Lucas Monteiro Machado